Tendências do TI para o futuro próximo

As pesquisas feitas pela Gartner Inc, a líder mundial em aconselhamento para empresas, apontam que mais de 75% dos profissionais líderes de Infraestrutura em TI não estão prontos para o futuro. Dessa forma, o hoje é o momento perfeita para você se aprimorar e se preparar para estar no topo amanhã. O hoje é quando você pode começar a subir a escada que deixará os profissionais concorrentes para trás e ultrapassar até mesmo quem já está lá em cima.

No amanhã, o profissional bem qualificado deverá ter características comportamentais e conhecimentos específicos condizentes com a evolução da área. Por isso, preparamos dicas quanto ao caminho que você deverá trilhar para evoluir junto. Essas dicas tangem tanto o perfil profissional quanto a qualificação técnica.

Infraestrutura de TI da Próxima Década: Você Está Pronto?

O Perfil do Profissional em Infraestrutura de TI do Futuro

O sucesso de um profissional dessa área dependerá da sua capacidade de lidar com a agilidade e a conectabilidade de dados. Cada vez mais, as fronteiras entre o digital e o físico diminuirão, integrando ainda mais os serviços e aumentando a variedade de campos de atuação com que o profissional da Infraestrutura de TI deverá ser capaz de lidar. Se você quiser se adiantar quanto à próxima década de avanços tecnológicos, você deverá ser dinâmico e versátil no seu aprendizado.

A gama de produtos disponíveis para a área aumenta exponencialmente. O conhecimento estratégico e operacional lhe será exigido para que saiba selecionar e administrar o uso de tais recursos. Citando Bob Gill, vice-presidente da Gardner Inc., podemos dizer que, no futuro, “as duas principais tarefas dos líderes de I&O serão gerenciar a expansão da diversidade no curto prazo e se tornar o gerente de produtos e serviços necessário para criar soluções ágeis e orientadas aos negócios em longo prazo”. Ao observar essas informações, podemos resumir a descrição de perfil do profissional em Infraestrutura de TI do futuro como alguém que será “versátil e ágil para lidar com a conectabilidade e o processamento cada vez mais rápidos de dados e de comunicação”.

O quão você se encaixar nesse perfil indicará onde você estará colocado no mercado de trabalho. Hoje, nem 75% dos líderes de TI das empresas estão prontos, mas amanhã, 100% dos funcionários deverão estar. Isso é, mesmo se você não tiver intenção alguma de chegar em um cargo de liderança, você precisará estar pronto para se adequar ao mesmo perfil profissional, pois, além das exigências mínimas da área aumentarem, a tendência é de que as equipes se tornem cada vez mais horizontais e você precise ter mais autonomia e conhecimento como funcionário ou profissional liberal.

As Competências Técnicas do Profissional de Infraestrutura de TI do Futuro

Como dito antes, o profissional do futuro deverá estar pronto para lidar com todas as áreas da Infraestrutura de TI. Por isso, nós preparamos uma lista de conceitos para ajudar você a se familiarizar com o futuro da infraestrutura de TI. Esse conceitos estão relacionados à capacitação que você deverá seguir. O profissional da área de Infraestrutura de TI deverá conhecer e saber lidar com: cloud computing; Big Data; IoT (Internet of Things/Internet das Coisas); machine learning; Edge Computing; e DevOps.

Cloud Computing

Também conhecido como computação em nuvem, esse conceito se refere a softwares e dados armazenados em servidores centrais aos quais os usuários podem se conectar de qualquer lugar. Em vez de armazenar o progresso do seu trabalho nos seus dispositivos, por exemplo, você pode poderá acessá-lo de qualquer ambiente. A computação em nuvem permite portabilidade do seu trabalho ou dos seus estudos.

Vamos colocar em um exemplo prático: você está utilizando o computador da empresa e precisa emitir um relatório, que pode você poderá salvar em um serviço virtual de nuvem como o Google Drive. No final do expediente, você pega seu carro e se dirige para casa, mas recebe uma ligação do seu chefe perguntando se você tem como lhe passar alguns dados referentes ao relatório que você emitiu, mas você está longe do computador e só tem seu celular à disposição. Ao chegar em casa, você tem um insight de como poderia melhorar o último parágrafo do mesmo relatório e seu melhor dispositivo físico é seu notebook. Nas mesmas três situações, você só precisará que seus dispositivos conecte à internet para que tenha acesso ao mesmo documento.

Big Data

Esse termo se refere à grande quantidade de dados que uma empresa coleta de seus usuários. Um banco de dados big data deve compreender tanto os dados estruturados quanto os dados não-estruturados. Com todas essas informações, uma empresa consegue administrar estratégias de marketing para conquistar, reter ou recuperar clientes. É através dessa ferramenta que uma empresa como a Netflix consegue sugerir aos seus usuários novos conteúdos para assistir, se baseando não só no seu histórico, mas comparando a outros perfis semelhantes de usuários e no que eles assistiram em seguida. Big data é conhecido pelos seus cinco Vs: volume, variedade, velocidade, valor e veracidade.

Internet of Things

A Internet das Coisas é o termo que se refere à rede que conecta diferentes objetos físicos integrados. Essa rede é capaz de coletar e transmitir dados entre dispositivos como seu celular, seu carro, e sua geladeira. É o conceito relacionado à antiga ideia de “Casa Inteligente do Futuro”, famosa nos museus de ciência e revistas populares dos anos 2000. Através da Internet das Coisas, você pode controlar e administrar objetos a distância. Um aplicativo doméstico que apague a luz do quarto quando você for dormir, ligue a cafeteira quando você chegar em casa e desligue o fogão quando você chegar no trabalho e suspeitar que o deixou ligado, é um exemplo bem prático de Internet of Things.

Machine Learning

Trata-se do aprendizado de uma máquina e está relacionado à inteligência artificial. O Machine Learning é a capacidade que um programa de computador tem de aprender com os dados que recebe, podendo processá-lo de maneira eficaz e completa. À medida que os usuários repetem ações, a inteligência artificial se torna mais capaz de compreender padrões e prever os próximos passos desses usuários. Por exemplo, com o machine learning, a Netflix pode processar os dados de big data relacionados a um certo padrão de usuário e fornecer sugestões de filmes e séries.

Edge Computing

O conceito de Cloud Computing, apresentado anteriormente, se referia a uma enorme quantidade de dados armazenados em apenas um lugar. Todos os documentos, arquivos, informações, colocados dentro de poucos servidores de ultra capacidade. Porém, o custo de centralizar tanta informação é uma diminuição na performance de processamento e transmissão desses dados.

Edge Computing é uma arquitetura de rede que permite uma descentralização desses dados através de outras redes e servidores intermediários entre a nuvem e o usuário. A estação intermediária armazena a maior parte das informações e transfere apenas o necessário. Uma maior aproximação física dos dispositivos aos bancos de dados permite uma performance melhor e mais ágil.

DevOps

O comum na engenharia de software é que as áreas de desenvolvimento e de operação de software estejam sob responsabilidade de equipes diferentes de uma empresa. Todavia, como dito anteriormente, o futuro da infraestrutura de TI está na versatilidade de profissionais capazes de lidar com mais de um tipo de função. O mundo está cada vez mais automatizado e o trabalho humano diminui. Você precisa abraçar o todo que ainda não é feito por computadores.

O desafio na junção desses dois setores é que eles possuem interesses contraditórios. O setor de Desenvolvimento tem o objetivo de desenvolver novos recursos para atender à expectativa dos clientes, trabalhando com entregas rápidas e constantes na evolução do software. O setor de Desenvolvimento quer evoluir. O setor de Operações, na contramão, tem o objetivo de diminuir o número de alterações no produto. Ele trabalha para que haja uma valorização do software e para que se evite uma instabilidade no que é entregue ao cliente. O setor de Operações quer garantir. Conseguir trabalhar com esses dois setores será complexo, mas você, profissional de Infraestrutura de TI que já está se preparando para o futuro, estará pronto para lidar com essa complexidade. Fique de olho que DevOps se sustenta em três características: Integração Contínua, Implantação Contínua e Feedback Contínuo.

É muita coisa para se lidar, por onde eu começo?

Com tantos conhecimentos novos a se obter e se aprofundar, você deve estar se perguntando em qual desses campos você deve começar a evoluir e antecipar esses dez anos de capacitação em Infraestrutura de TI. Além disso, mesmo que você queira estar pronto para o futuro, você está vivendo o presente e quer ser hoje um profissional mais a frente do que já é. Existe, no entanto, um caminho que te ajudará no presente e no futuro, se você se dedicar a implementar esses conceitos acima. Em qualquer área ligada à informática, não só na Infraestrutura de TI, o futuro está em saber usar, administrar, planejar e desenvolver aplicativos.

Sejam eles para celular, televisor ou carro, uma vez que os dispositivos estão cada vez mais integrados, você deve estar pronto para todos os ambientes. Observe o caminho que esses aplicativos estão seguindo, veja quais são as necessidades em Infraestrutura de TI que não foram sanadas ainda, procure um vazio nesse mercado para ocupar. Traga esses dez anos para o agora e entre nos 25% das pessoas que estão prontas para o que está vindo.


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