Hoje traremos para você empreendedor as informações mais relevantes sobre o PIX, tecnologia que promete revolucionar a forma como realizamos transferências e pagamos nossas contas.
Para isso, inicialmente iremos tratar acerca dos meios atuais de pagamento. A intenção aqui será apresentar suas principais características e limitações. Assim, ficará fácil entender porque o PIX é uma das novidades mais aguardadas de 2020.
Os meios atuais de pagamentos e transferências
Se você costuma realizar pagamentos ou depósitos bancários, certamente já conhece os seguintes meios (ou suas siglas):
- Transferência Eletrônica Disponível (TED);
- Documento de Ordem de Compra (DOC);
- Boletos bancários,
Esses meios de transferências de valores se tornaram muito populares com o passar dos anos, especialmente a partir dos anos 2000, quando mais pessoas passaram a ter acesso a contas bancárias e a internet.
No quesito coorporativo, eles representaram uma significativa agilidade no relacionamento entre clientes e fornecedores de serviços. Assim, esses meios se tornaram tão importantes para as empresas que sem eles muitas delas não existiriam hoje.
Imagine, por exemplo, uma realidade onde não houvesse essas tecnologias. Nesse caso, qualquer tipo de transação teria que ser feita em mãos, como no passado.
Entretanto, aqui teríamos uma clara diferença em relação a outros tempos: hoje em dia é comum empresas se relacionarem com clientes de todas as partes do Brasil.
Desse modo, considerando a extensão territorial do país, pense também que você tivesse que receber o pagamento de um cliente, o que faria?
Nesse caso, se você possuísse sua empresa e seus ativos no Nordeste, e o seu cliente estivesse no Sul, estaríamos falando de um trajeto um tanto penoso, no qual, ou você iria até ele ou o inverso teria que ocorrer.
Diante de tanto trabalho, percebemos o quanto esses meios vieram para revolucionar a forma de reger a sua empresa. Abaixo, mostraremos algumas das vantagens em se fazer um DOC ou TED.
O TED
Foi criado em 2002 pelo Banco Central e revolucionou o Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP), apresenta como principais vantagens:
- A transferência é realizada no mesmo dia (se feita até 17h);
- Não há valor mínimo de transferência;
- Permite transferências superiores a R$ 5.000,00.
É importante ressaltar que até 2016 existia um valor mínimo para se fazer transferências nessa modalidade. Porém, posteriormente esse valor, que já vinha sendo diminuído ao longo dos anos, foi totalmente abolido em seguida.
O DOC
Ao contrário do TED, o DOC é um sistema mais antigo, remonta à criação das agências bancárias no Brasil (da forma como conhecemos hoje).
Esse meio possui algumas limitações em relação ao TED, abaixo suas principais características:
- A transferência é realizada no dia seguinte (se feita até 22h);
- Não há valor mínimo de transferência;
- Permite transferências de até R$ 4.999,99.
Em resumo
Agora que você já conhece as características do TED e do DOC, chegou a hora de apresentar algumas de suas desvantagens mais marcantes.
Desvantagens do TED e DOC
Os principais meios de realizar transferências eletrônicas no Brasil já foram apresentados acima. Eles representam um grande ganho de tempo no mundo coorporativo.
Entretanto, ao falarmos dessas tecnologias também devemos ressaltar suas desvantagens. Abaixo, três principais problemas do TED e DOC:
- As transferências podem demorar minutos, horas ou até mais de um dia para caírem na conta (de acordo com a hora e o tipo operação);
- As transferências só são realizadas em dias úteis e horários comerciais;
- Os bancos tradicionais costumam cobras taxas relativamente altas para realizar as operações.
Essas peculiaridades podem não ser um grande problema em diversas situações. O problema das taxas, por exemplo, pode ser resolvido com a adesão à bancos digitais.
Porém, em um cenário onde você está com prazos definidos ou dependendo da efetivação de um pagamento para receber uma importante mercadoria, o tempo se mostra primordial.
Por essa razão, apresentaremos ainda nesse artigo, uma nova solução
proposta pelo Banco Central que em breve estará disponível para uso em todo o Brasil: o PIX.
Além do mais, explicaremos suas principais perspectivas, haja vista que é um sistema prestes a ser lançado. Assim, ao fim deste artigo, você estará a par de todos os benefícios dessa nova tecnologia.
Diante disso, certamente você obterá importantes ganhos para sua empresa, independentemente do porte ou condição do negócio. Em um ambiente com muitas tarefas para serem realizadas você deve gastar o menor tempo possível com questões bancárias referentes a transferências. Não esqueça: tempo é dinheiro.
Boleto bancário: a forma mais democrática de pagar contas
Certamente você costuma pagar os serviços referentes a sua empresa ou contas pessoais mês após mês. Nesse contexto, esse tipo de pagamento não é feito somente por meio de transferências eletrônicas, mas também, se tornou frequente o uso de boletos bancários.
A principal vantagem dos boletos é sua acessibilidade. Isso ocorre uma vez que esse serviço permite que qualquer pessoa consiga pagar contas. Não é necessário ser cliente de um banco, possuir cartão de crédito ou nenhum tipo de cadastro, basta ir a uma lotérica ou demais ambientes que aceitem o serviço e realizar o pagamento.
Diante disso tudo, aparenta ser uma excelente forma de realizar pagamentos. De fato, é bem prático, porém, mais uma vez encontraremos aqui obstáculos que podem atrasar o seu negócio.
Desvantagem dos boletos bancários
A principal desvantagem dos boletos bancários é que, assim como nos TEDs e DOCs, o pagamento leva um certo tempo para ser processado. No caso dos boletos, o prazo de efetivação do pagamento pode chegar até 3 dias úteis. Lembre-se que, em três dias, muita coisa pode ocorrer nas suas finanças ou de seus colaboradores.
Além disso, caso o boleto seja pago em uma sexta feira ou vésperas de feriado, você terá que esperar os próximos dias úteis para a transação ser concluída. Assim, apesar de ser uma forma democrática e prática de pagamento, os boletos bancários se mostram pouco eficientes em termos de prazo.
PIX: o início de uma revolução
Pensando nas limitações em se transferir dinheiro por meio de TEDs e DOCs ou pagar boletos bancários, o Banco Central começou a desenvolver uma nova forma de realizar essas operações.
A nova modalidade deveria ter como prioridade promover a rapidez, comodidade e segurança, não só para os portadores de conta bancária, mas também para todas as demais pessoas que quisessem realizar seus pagamentos.
Assim foi feito (ou tem sido até o momento), no dia 19 de fevereiro de 2019, foi anunciado uma nova forma de pagamento que entraria em vigor no Brasil: o PIX.
Faça e receba transferências e pagamentos de maneira quase instantânea com o PIX
A proposta do PIX é acabar com toda a demora entre o momento que você realiza uma transferência (ou pagamento) e esse valor cai na conta interessada (ainda que esse tempo tenha sido reduzido nos últimos anos).
Ou seja, quando surgir aquela necessidade de se obter rapidamente uma mercadoria, ou qualquer outra demanda na sua empresa, você pode transferir rapidamente valores aos seus fornecedores ou colaboradores com a segurança que um banco oferece.
Finais de semana e feriados se tornam dias úteis com o PIX
Certamente você já passou por algum tipo de situação onde o grande problema não era esperar minutos ou horas para receber ou enviar uma transferência, mas sim, ter que aguarda todo um final de semana para a transação ser efetuada.
Com o PIX esse problema encontra o seu fim. Além de realizar e receber valores instantaneamente, você poderá executar essas transações 24 horas por dia, 7 dias por semana (inclusive feriados). Assim, sua empresa poderá estar sempre a todo valor por meio de uma relação rápida e ágil com seus clientes.
Como funciona esse novo sistema?
Nos meios tradicionais de pagamento o dinheiro “percorre” um longo caminho até chegar ao destinatário. Ao realizar uma transferência entre o Banco do Brasil e Bradesco, por exemplo, as informações dessa operação são enviadas primeiro para o Sistema Brasileiro de Pagamento (SBP), em seguida reenviadas para o destino final.
Isso acarreta em uma demora que pode consumir o precioso tempo de sua empresa. Diante disso, o problema parece encontrar o seu fim em breve com o PIX. Entenda abaixo.
Nesse novo sistema o dinheiro é transmitido diretamente entre as duas contas, o que chamamos de envio de ponta a ponta. Como consequência, as operações levam pouquíssimo tempo para serem efetivadas, geralmente menos de 10 segundos.
O mesmo princípio ocorre em outros tipos de tecnologia. O exemplo mais conhecido provavelmente é o “WhatsApp” do seu celular. Isso porque, ao enviar uma mensagem, as informações são encaminhadas e armazenadas diretamente no destinatário.
Ou seja, assim como no PIX, aqui os dados não são direcionados para um terceiro, no exemplo acima seria a empresa responsável pelo mensageiro, o “Facebook”.
Portanto, nesse mensageiro cada aparelho funciona como um servidor local, por essa razão é tão difícil recuperar conversas apagadas, mesmo que mediante autorização judicial.
Ao tratarmos do PIX, as transações poderão ser feitas assim como ocorre com os TEDs e DOCs, ou seja, informando os principais dados do recebedor da quantia e confirmando a ação.
Outra alternativa que o sistema oferecerá é a possibilidade de realizar transferências por meio dos chamados QRcodes. Para isso, o recebedor da quantia irá gerar um código que poderá ser lido pelo smartphone do remetente, aumentando ainda mais a agilidade na operação.
Por fim, uma última maneira de realizar a operação desejada é utilizando as chamadas chave PIX. Nesse caso, cada usuário do sistema cadastrará uma chave, ou seja, uma ou mais informações que serão usadas por quem pretender enviar alguma quantia.
Podemos compreender de maneira mais fácil ao comparar essas chaves com um atalho. Em uma operação normal você teria que inserir diversos dados do destinatário como número da conta, agência etc. No caso do PIX, basta inserir a informação que o seu destinatário cadastrou como chave.
O PIX será gratuito?
Essa informação ainda está sendo formulada. Entretanto, de acordo com uma recente entrevista de um dos diretores do Banco Central (BC), o PIX será sim gratuito para pessoas físicas. Ou seja, você, enquanto cliente, poderá realizar seus pagamentos com todas as vantagens do PIX sem nenhum custo.
O que se sabe é que para instituições financeiras, ou seja, os bancos, o valor cobrado será de R$ 0,01 a cada 10 pagamentos. O diretor prometeu ainda que em breve teremos mais informações sobre eventuais tarifas para os demais estabelecimentos.
Ou seja, de acordo com a fala, o PIX possuirá sim tarifas em operações realizadas por CNPJs, entretanto, a expectativa é que esses valores sejam menores do que os presentes nas demais formas de pagamento, basta aguardar.
Quando será implementado?
Essa é uma questão bastante aguardada e que já tem uma resposta. De acordo com uma documentação oficial lançada pelo Banco Central em junho deste ano, o novo sistema já estará disponível para alguns usuários no dia 3 de novembro.
Usuários de cartões de crédito considerados modernos, como o “Nubank”, já estão sendo notificados sobre a possibilidade de usar a nova tecnologia ainda no lançamento, ou seja, como um “usuário beta”, aquele que testa uma tecnologia previamente e relata possíveis problemas apresentados.
Entretanto, não se preocupe caso você não tenha recebido nenhum tipo de notificação a respeito, o PIX, assim como os boletos, também será democrático. A novidade chegará às mãos de todos gradualmente, com previsão de estar funcionando de maneira oficial e ampla já no dia 16 de novembro.
O fato é que essa tecnologia promete ser implementada com uma rapidez acima da média. Para comprovar isso basta observar o longo processo de décadas para o desenvolvimento dos meios de pagamento atuais.
Esse processo pode ser visto como um despertar para a defasagem do atual sistema, haja vista que países mais desenvolvidos já contam com tecnologias semelhantes ao PIX. O fato é que não importa se chegou um pouco mais tarde ou não no Brasil, mas sim, que essa realidade virá para facilitar as nossas vidas.
Diante de todo esse processo, você empreendedor só tem a ganhar. Imagine poder realizar boa parte da manipulação financeira de sua empresa com muito mais rapidez e segurança, um sonho, não é? A boa notícia é que, como vimos aqui, ainda esse ano você poderá tornar a ideia realidade.
Adiante discutiremos sobre o que se espera do futuro no ramo de pagamentos e transferências. O objetivo é descobrir, na medida do possível, o que o Banco Central está preparando para você como empreendedor ou usuário padrão. Não deixe de conferir a seguir.
Perspectivas futuras para o PIX
Aparentemente o PIX será apenas o começo de uma série de mudanças nos bancos e suas formas de transferências.
Atualmente, cada vez mais bancos estão migrando para plataformas virtuais, inclusive, há aqueles totalmente digitais, o que isenta o cliente de diversas taxas, como por exemplo as de TEDs e DOCs.
Dentre os exemplos mais conhecidos, podemos citar o Banco Inter e o Next, sendo este último um ramo do já tradicional banco Bradesco. Assim, pode-se observar que até os sistemas bancários mais conhecidos e antigos estão buscando se reinventar tecnologicamente, ou ao menos firmar parcerias com empresas da área.
Com isso, a tendência é que em breve surja serviços semelhantes ou complementares ao PIX. Ou seja, as empresas tendem a ganhar cada vez mais aliados no relacionamento com os seus clientes.
A alta no investimento de tecnologias de bancárias
Diante das novas possibilidades tecnológicas, os investimentos nessas áreas têm aumentado com o passar dos anos. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (FEBRAPAN), o orçamento tecnológico dos bancos em 2019 foi de 24.6 bilhões, quase 5 bilhões a mais que no ano anterior.
Esse alto investimento se mostra como uma tendência não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Portanto, é provável que no futuro nosso país importe e até mesmo exporte tecnologias bancárias.
Por essa razão, não hesitamos ao dizer que o PIX pode ser visto como o começo de uma revolução.
Assim, o futuro promete grandes avanços no pagamento e recebimento de quantias. Aparentemente, os boletos e demais meio de pagamento como TEDs e DOCs em algum momento se tornarão obsoletos, resta saber quando isso ocorrerá.
Conclusões
Por fim, como foi possível ver nesse artigo, as empresas têm obtido cada vez mais praticidade nas suas relações com os clientes, isso é um fato.
Como empreendedor, você deve procurar estar sempre atualizado para poder usufruir de tecnologias como o PIX. Dessa forma, você não ficará para trás em relação a concorrência, como também, atrairá cada vez mais clientes.
Embora muitos empreendedores encontrem resistência quanto ao uso de novas tecnologias, isso se mostra como um processo necessário. Esse fato se dá especialmente em novos meios como o PIX, que se mostrará essencial em um futuro muito próximo.
Portanto, leia e releia esse artigo quantas vezes precisar. A principal missão desse texto é levar uma informação democrática e clara para a maior quantidade de empreendedores possível.
Assim, esse post foi uma tentativa de fazê-lo despertar para esse fato. Lembre-se que, como foi dito, até mesmo as instituições mais tradicionais e rígidas quanto às mudanças estão se tornando mais flexíveis pouco a pouco.
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